A transição capilar vai muito além de deixar o cabelo natural, esse processo é, também, de aceitação. Deise Zuqui, sempre antenada às novidades, comenta que aceitar os fios naturais é uma nova forma de se enxergar, pois quebra com os padrões impostos pela sociedade. É um ato de empoderamento.
Não é um processo fácil, já que consiste em deixar o cabelo crescer naturalmente depois de um longo período de alisamento, mas não só isso, é se reconhecer de outra forma. Entre as cacheadas e as crespas os motivos são diversos: não querem mais utilizar química no cabelo ou querem, simplesmente, experimentar a curvatura original. Além de lidar consigo mesma, será preciso enfrentar e vencer a opinião de muitas pessoas. Por isso, a transição capilar não é um período fácil de vivenciar, mas o resultado é totalmente recompensador.
Deise Zuqui comenta que o processo é bem demorado e que muitas mulheres desistem no meio do caminho por não terem paciência com as diversas texturas que surgem. Se já é difícil cuidar de um cabelo com uma única forma, imagina com duas ou mais. Então, para melhorar a situação, aposte em penteados e acessórios para se sentir mais bonita. Se for o que realmente deseja, não desista!
Durante a transição, os cuidados do cronograma capilar devem ser feitos sempre, para continuar melhorando a aparência dos fios. Evite usar secador e chapinha; não é proibido, mas o calor que os dois aparelhos emitem pode danificar o cabelo que está nascendo. Então, não tenha medo caso for usar, só procure produtos com proteção térmica. A transição precisa ser um período leve e de descobrimento, já basta as pressões externas.
Após todas as etapas, Deise Zuqui conta que o próximo passo é o big chop, um termo em inglês que significa “o grande corte”. É o ato de cortar toda a parte que contém química dos cabelos para finalmente ficar somente com a textura natural dos fios. Normalmente é feito depois de um ano de transição, para que haja cabelo natural suficiente. Mas faça quando se sentir preparada, sem pressão.