Megaoperação desarticula quadrilha especializada em furto de petróleo bruto no Sudeste

Maxim Smirnov
Maxim Smirnov
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Uma operação de grande escala mobilizou forças policiais nesta sexta-feira para desarticular uma quadrilha envolvida no furto de petróleo bruto em dutos de transporte no Sudeste do Brasil. A ação, coordenada pela Polícia Federal e com o apoio de diversos órgãos estaduais e federais, teve como objetivo desmantelar uma organização criminosa que vinha atuando com métodos sofisticados para desviar grandes volumes de petróleo bruto diretamente da rede de oleodutos. A operação contou com mandados de prisão e busca e apreensão em vários estados.

Segundo as investigações, a quadrilha que furtava petróleo bruto operava com um alto grau de especialização, utilizando equipamentos industriais para perfuração dos dutos e caminhões-tanque para transportar o material de forma clandestina. A estrutura logística montada pelos criminosos permitia que o petróleo bruto fosse retirado sem interrupções significativas no fluxo do sistema, o que dificultava a detecção imediata das perdas. A Polícia Federal já vinha monitorando os suspeitos há meses com base em denúncias e cruzamento de informações.

A atuação da quadrilha que furtava petróleo bruto causava prejuízos milionários à Petrobras e ao sistema energético nacional. Além do impacto econômico, havia sérios riscos ambientais, uma vez que os furos nos dutos podiam provocar vazamentos e contaminações em áreas urbanas e rurais. A operação desta sexta-feira, batizada de Ouro Negro, foi deflagrada em cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, onde os integrantes da quadrilha mantinham depósitos e oficinas para adulteração e revenda do combustível.

De acordo com a Polícia Federal, o petróleo bruto furtado era refinado de forma clandestina e comercializado no mercado paralelo, abastecendo postos de combustíveis irregulares. Parte do material também era exportada ilegalmente por meio de portos controlados por intermediários ligados ao esquema. A quadrilha tinha conexões com empresas de fachada, utilizadas para lavar dinheiro e dar aparência legal às transações. Os mandados judiciais cumpridos nesta sexta foram expedidos pela Justiça Federal com base em um inquérito que envolve crimes como furto qualificado, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes ambientais.

Durante a operação que investigou o furto de petróleo bruto, foram apreendidos documentos, equipamentos industriais, veículos, armas e valores em dinheiro. Além disso, algumas áreas rurais foram identificadas como pontos de apoio logístico e armazenamento do material roubado. A Polícia Federal informou que as investigações continuam e que novas prisões poderão ocorrer nos próximos dias, uma vez que o esquema contava com dezenas de envolvidos entre operadores, intermediários e financiadores.

A operação contra a quadrilha que furtava petróleo bruto reforça a necessidade de maior vigilância sobre a infraestrutura crítica do país, especialmente sobre os dutos de petróleo e gás. Segundo autoridades envolvidas, os sistemas de monitoramento serão ampliados e modernizados, com uso de tecnologias de rastreamento e sensores inteligentes. Também está prevista a intensificação das fiscalizações em rotas suspeitas de transporte clandestino, para evitar que o crime volte a ocorrer em outras regiões.

A desarticulação da quadrilha que furtava petróleo bruto foi elogiada por representantes do setor energético, que classificaram a operação como uma vitória na luta contra o crime organizado. Eles destacaram que ações como essa são fundamentais para garantir a integridade do sistema de abastecimento de combustíveis e preservar os recursos naturais brasileiros. O prejuízo causado pela quadrilha ultrapassa dezenas de milhões de reais, mas as autoridades acreditam que parte dos bens apreendidos poderá ser revertida para compensar os danos.

Com a operação deflagrada, a Polícia Federal pretende intensificar a repressão ao furto de petróleo bruto e ampliar parcerias com outras instituições, como a Agência Nacional do Petróleo e o Ministério do Meio Ambiente. A meta é construir uma rede de cooperação que permita identificar e agir com rapidez contra grupos semelhantes em qualquer parte do país. O combate ao furto de petróleo bruto é agora prioridade na agenda de segurança nacional, dada a complexidade e o alto impacto desse tipo de crime.

Autor: Maxim Smirnov

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