Funcionário de segurança é preso após facilitar roubo de R$ 10 mil em padaria de Niterói

Maxim Smirnov
Maxim Smirnov
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Um caso chamou a atenção em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, quando um segurança foi preso acusado de envolvimento direto em um roubo ao próprio local de trabalho. O crime aconteceu em uma padaria tradicional no bairro de Icaraí e resultou no furto de R$ 10 mil em dinheiro. O acusado, identificado como Eduardo Coelho Sobrinho, também conhecido como Paulista, atuava como vigilante no estabelecimento e teria colaborado com os criminosos ao fornecer informações estratégicas sobre a rotina interna.

A investigação foi conduzida pela 77ª Delegacia de Polícia, responsável pela área. Os policiais obtiveram imagens das câmeras de segurança que mostram o momento em que o segurança fotografa um colega de trabalho responsável por recolher o dinheiro do caixa. Com base nesse registro, a polícia acredita que ele repassou os dados aos criminosos, que agiram pouco depois. A ação dos bandidos foi rápida e precisa, indicando que receberam instruções detalhadas sobre como agir sem levantar suspeitas.

O roubo ocorreu em plena manhã de sexta-feira, por volta das 6h30. O funcionário que transportava o valor foi surpreendido por dois homens em motocicletas, a poucos metros da padaria. Eles o abordaram de forma direta, pegaram o dinheiro e fugiram sem deixar rastros. O fato de a emboscada ter ocorrido tão próxima ao estabelecimento reforçou a suspeita de que alguém interno poderia estar envolvido. Desde o início, os investigadores desconfiavam de que havia um cúmplice entre os funcionários.

Poucas horas após o assalto, o vigilante alegou estar passando mal e pediu dispensa do serviço, o que levantou mais dúvidas entre os responsáveis pela investigação. Durante o primeiro depoimento, o acusado negou qualquer participação no roubo, mas entrou em diversas contradições ao longo do relato. Diante da inconsistência, os agentes decidiram ouvi-lo novamente. No segundo interrogatório, ele acabou confessando o envolvimento e revelou que pretendia fugir para o estado de São Paulo, onde tem familiares.

Com a confissão e as evidências já reunidas, a polícia solicitou a prisão temporária do acusado, que foi rapidamente concedida pelo Plantão Judiciário. O argumento principal foi o risco de fuga e a existência de provas concretas contra o suspeito. Agora detido, ele permanece à disposição da Justiça enquanto novas diligências são realizadas para identificar os outros dois envolvidos. A investigação continua em andamento e novas prisões podem ocorrer a qualquer momento.

O delegado responsável pelo caso, Vilson de Almeida Silva, destacou que o comportamento do segurança foi fundamental para o sucesso do crime. Ele afirmou que o vigilante passou informações detalhadas aos comparsas sobre horários, rotinas e movimentação de dinheiro, o que facilitou toda a ação. Segundo o delegado, a traição por parte de um funcionário de confiança agravou a gravidade do delito, pois quebrou a segurança interna do local e expôs outros trabalhadores ao risco.

A Polícia Civil segue empenhada em localizar os dois criminosos que participaram diretamente do assalto. As investigações contam com apoio de câmeras de monitoramento da região e denúncias anônimas, que podem ajudar na identificação dos autores. O caso serve de alerta para comerciantes e empresários da área, especialmente sobre a importância de monitorar a conduta de funcionários e reforçar protocolos internos de segurança, mesmo entre pessoas de confiança.

O caso envolvendo o segurança da padaria de Niterói repercutiu na região, tanto pelo valor levado quanto pelo envolvimento direto de um funcionário. A quebra de confiança e a frieza na execução do plano deixaram a comunidade local surpresa. A polícia espera que a rápida prisão do principal suspeito contribua para acelerar a identificação dos outros envolvidos e sirva como exemplo de que crimes com participação interna não ficam impunes.

Autor: Maxim Smirnov

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