Secretário esclareceu o uso da ferramenta que permite ligar e desligar câmeras corporais da Polícia Militar.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, explicou em entrevista à CNN o funcionamento da ferramenta “liga e desliga” das câmeras corporais utilizadas pela Polícia Militar do estado.
Segundo Derrite, 97% dos vídeos gravados e armazenados anteriormente eram considerados “de rotina” e não tinham relevância para investigações policiais ou processos criminais. Com as novas câmeras, todas as interações dos policiais com a sociedade, incluindo ocorrências registradas pelo número 190, terão as câmeras ligadas.
Aumento de funcionalidades
Além do recurso de ligar e desligar, as novas câmeras terão funcionalidades adicionais, como reconhecimento facial para identificação de procurados pela Justiça, leitura de placas de veículos roubados e rádio comunicador integrado. O acionamento das câmeras também poderá ser feito remotamente por supervisores ou por inteligência artificial em situações específicas.
O secretário afirmou que o estado de São Paulo está em total conformidade com as 16 diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para o uso das câmeras corporais. Ele destacou, ainda, que a pasta federal tem caráter indicativo, e os estados têm autonomia para aderir ou não às orientações.
Novo contrato reduz custos
Além disso, um novo contrato com a empresa Motorola, vencedora do edital de licitação, permitirá a aquisição de 12.000 novas câmeras corporais a um custo mensal de R$ 360 por unidade, valor inferior ao contrato atual de R$ 883 por câmera. Derrite ressaltou que o novo edital atraiu 14 empresas participantes, em contraste com apenas uma no contrato anterior.